EDUCAÇÃO E ARTE: SONHAR, CONSTRUIR, REALIZAR.

Sobre o ABA

Projeto premiado com a XI edição do Prêmio Arte na Escola Cidadã do Instituto Arte na Escola/ Fundação IOCHPE como a melhor iniciativa em artes do ensino médio em 2010.
O Auto da Barca Amazônica é uma iniciativa em ensino de artes para alunos de escolas públicas.O espetáculo foi criado em 2007 pelos professores Jaqueline Cristina Sosi , artista da cena e Paulo Anete, carnavalesco.A iniciativa tem por objetivos trabalhar a linguagem cênica (teatro, dança circo e cenografia) que resulta na produção de um grande cortejo que sai pelas ruas da cidade de Abaetetuba,localizada na região do baixo Tocantins, estado do Pará
Fiquem à vontade e divulguem nosso trabalho.

Palavras chave:
educação; arte; cortejo;carnaval;circo;teatro;dança

sábado, 24 de setembro de 2011

Sobre a Criminalidade entre os Jovens

   A diminuição da idade penal é uma coisa bastante polêmica,(eu preferia que não existisse criminalidade entre as crianças) porém isso acabou gerando na população uma sensação de impunidade.Ontem à noite, dois garotos perto de minha casa, de aproximadamente quinze anos, brigaram por causa de um celular e um deles foi esfaqueado.Um garoto foi bem mal para o hospital e o outro  que cometeu a violência fugiu e depois voltou por lá como se nada tivesse acontecido.
   A banalidade do motivo ao qual levou a tamanha violência, infelizmente tem se tornado rotina.Durantes todos os dias vemos nos jornais casos de crimes q são cometidos por crianças.O último caso de que o país tem conhecimento é o do estudante de dez anos de uma escola paulista q atirou na professora e depois se matou.
    Vivemos numa incerteza de futuro, num país onde as leis não funcionam, onde políticos que deveriam estar cuidando do futuro da nação, são os primeiros bandidos.A educação que deveria ser tida como prioridade está cada dia mais sucateada.
  O que fazer então? Construir mais cadeias?Diminuir a idade penal? Aderir à pena de morte?
  Infelizmente, sabemos que enquanto não houver uma reforma política séria, as leis criadas não atingem os maiores culpados.As leis existentes hoje, simplesmente servem para penalizar a grande massa populacional que passa fome todos os dias, que é punida por roubar um kilo de feijão para alimentar a família.
 Não estou fazendo uma apologia ao crime, e nem sou adepta do método Robin Hood, mas gostaria que reformas fossem feitas para que todos tenham as mesmas oportunidades,para que as leis de fato funcionem para aqueles que não a respeitam.
  Talvez se esses dois meninos tivessem uma educação de qualidade, se os pais deles tivessem condições de lhes dar uma vida digna, isso não tivesse acontecido.
  Fui instrutora em uma oficina de artes de um deles, exatamente daquele que deu a facada no outro e o conheci quando era mais criança, seus sonhos, seus desejos simples de ter uma casa, de ter uma vida digna como de qualquer pessoa. Lamento muito por esse incidente, lamento por ele, pelo outro garoto, lamento  pelos pais deles, por mim, lamento por todos nós.
   A quem eu devo culpar?
   Será a punição uma solução?
  Acredito que a maior solução para a onda de violências geradas nessa sociedade é o entendimento do povo sobre o assuntos políticos.A falta de senso crítico da população brasileira e a  aceitação da corrupção como meio cultural, a aceitação da criminalidade como prática comum tem gerado em nossos jovens a sensação de que tudo podem fazer pois ¨não pega nada¨, jovens estes que deveriam ser o futuro do país.Que futuro é este que teremos?
 E preciso reação, é preciso cobrar dos governantes o cumprimento de leis, o repasse correto para os estados investirem em melhorias para a população, principalmente os mais carentes, é preciso acabar com essa política assistencialista de migalhas, acabar com a imunidade parlamentar e com tantas outras mazelas que trazem como consequência essa guerra civil que se instalou por todas as regiões.
  O que é prioridade para nós hoje? Partidas de futebol?
Culpemos a todos nós por esse incidente.O nosso descaso está levando o nosso futuro para o ralo.



Jaqueline Souza


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