EDUCAÇÃO E ARTE: SONHAR, CONSTRUIR, REALIZAR.

Sobre o ABA

Projeto premiado com a XI edição do Prêmio Arte na Escola Cidadã do Instituto Arte na Escola/ Fundação IOCHPE como a melhor iniciativa em artes do ensino médio em 2010.
O Auto da Barca Amazônica é uma iniciativa em ensino de artes para alunos de escolas públicas.O espetáculo foi criado em 2007 pelos professores Jaqueline Cristina Sosi , artista da cena e Paulo Anete, carnavalesco.A iniciativa tem por objetivos trabalhar a linguagem cênica (teatro, dança circo e cenografia) que resulta na produção de um grande cortejo que sai pelas ruas da cidade de Abaetetuba,localizada na região do baixo Tocantins, estado do Pará
Fiquem à vontade e divulguem nosso trabalho.

Palavras chave:
educação; arte; cortejo;carnaval;circo;teatro;dança

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Montagem do Espetáculo




Todo processo de construção do ABA é pensado alguns meses antes de iniciar.Primeiramente discutimos Paulo e eu qual será o tema abordado, damos prioridade para manifestações culturais praticamente esquecidas como foi o caso da contação de estórias de lendas de assombração, os cordões de pássaros, enfim. Após escolhido o tema, trabalhamos com os alunos a parte de pesquisa, a contextualização em que aquele tema está inserido na realidade social e como ele era trabalhado antes, qual o conhecimento que o aluno possui em relação ao tema proposto, que materiais visuais ou sonoros ainda podemos encontrar sobre o determinado tema.
Com a pesquisa pronta, fazemos um orçamento de quanto será preciso para montar o espetáculo e aí então entra a parte difícil: a verba.
Reunimos então com as turmas para poder planejar a arrecadação de verbas para a montagem do espetáculo.Algumas turmas se organizam para tentar conseguir patrocínio dos comerciantes locais, outras promovem bingos e torneios e a grande maioria fazem coletas entre si.
Boa parte do material é doada pelo CSFX, e as coletas são usadas para materiais de acabamento, pagamento de coreógrafos (já que não dançamos nem valsa), pagamento de costureiras para figurinos mais elaborados, etc. O ABA também gera renda para os moradores da cidade de Abaetetuba, já que essas pessoas que trabalham conosco fazem parte da própria comunidade.
Feito isso, começamos a trabalhar no processo de criação e construção das coreografias e cenários,mas isso você verá na próxima postagem.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Banalização da Violência

É lamentável o fato ocorrido na última sexta feira dia 18/12, quando o professor de biologia José Márcio Rodrigues foi assassinado à queima roupa por um elemento desconhecido num sítio localizado em um lugar chamado Castanhalzinho, distrito da cidade de Abaetetuba.
O professor tinha apenas 26 anos de idade e estava em uma festa de confraternização entre amigos,jamais se pensou que uma simples reunião de celebração à vida acabaria de maneira tão trágica e tiraria precocemente a vida de nosso companheiro.
Deixo aqui postado a minha revolta, diante deste e tantos outros fatos que ocorrem na cidade e em tantos outros lugares do Pará e do Brasil.
É necessário que todos nós tiremos a venda que está em nossos olhos para que possamos ver com clareza o terror que nos rodeia.Infelizmente, Márcio entrou para uma triste estatística: a morte prematura por causa da violência.
Espero que este fato sirva para que possamos sair desta inércia e tentar mudar o futuro.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Oficina de técnicas circenses

Detalhe/ Comissão de frente - Giovane


Uma das novidades do ABA 2009, foi a comissão de frente feita por alunos do EJA e do ensino médio.Essa não é uma comissão de frente qualquer, eles fizeram parte da oficina de técnicas circenses ministrada por mim ( Jaqueline Souza), esses alunos nunca tiveram contato nenhum com circo e em duas semanas aprenderam a fazer malabarismos, manipulando fitas, swingues, bolinhas e trabalharam o equilíbrio com o próprio corpo.São exemplos de superação e trouxeram para a avenida a magia do circo.
Borboleta
Particularmente, apesar de ter sido o mais difícil espetáculo a ser produzido durante esses três anos de existência do ABA, foi o mais belo que fizemos. A indumentária, feita de materiais alternativos ganharam sofisticação com apliques em paetês.O colorido também foi uma das características principais desse ano.
A ludicidade desse tema nos permitiu viajar por um universo de seres encantados que alegraram a avenida e passearam pela imaginação de crianças e adultos trazendo de volta a sensação de regresso ao passado quando os cordões de pássaros estavam presentes.

Sucesso!!!!!!!!!!!!!!!!


Foi difícil, acho que esse ano foi o mais difícil de todos.Tivemos uma série de problemas estruturais, como a greve de professores ( porque eu estava lá e não fujo do movimento), a descentralização dos alunos, já que a grande maioria não eram turmas minhas ou do Paulo, a falta de dinheiro...bom essa ai não é nenhuma novidade rssrsrsrs.Enfim, foi difícil simplesmente porque esse ano o ABA foi para a avenida com mais de 1.500 pessoas entre elas o elenco, a equipe de produção e apoio composta pelos alunos do CSFX, pais, professores, diretores e a comunidade abaetetubense.
O Espetáculo foi composto por 8 alas que faziam suas evoluções nas esquinas acompanhando as cenas dos personagens principais: o pássaro (Arthur), a sinhá (Beatriz) e o caçador (Diego),alunos da sala de altas habilidades da educação especial coordenada pelo professor Alberto Walter.
Eu estava com muito receio da chuva, já que nesse dia, 11 de dezembro de 2009, estava se armando o maior pau d`agua de todos os tempos, mas graças às orações de todos nós, o Senhor e Nossa Senhora da Conceição nos deu essa benção.A chuva só caiu depois que todos entraram na quadra da escola para a apoteose final.
Agradeço a todos que contribuiram direta e indiretamente para que esse trabalho se realizasse mais uma vez.
Vai os meus sinceros agradecimentos para a direção do Colégio São Francisco Xavier na gestão da Profª Miguelina Bitencourt, Prof. Manoel Carlos e Prof. Janir Pacheco por apostarem e acreditarem nas nossas loucuras e por perceberem que a arte é o melhor instrumento de transformação da sociedade.
Agradeço aos nossos alunos porque tudo começou com eles, nossos principais patrocinadores.
Agradeço aos professores, nossos parceiros e amigos, em especial para Nazinha, Jones, Alberto Walter,Elizete, Denivaldo,Benedita...se eu esqueci algum nome me perdoem, mas esses professores citados representam a todos pela força.
Agradeço aos coreógrafos Sílvio Lopes, Allan Nunes, Núbia, Enilvam e Ocimar pelo excelente trabalho.
Agradeço aos pais por nos apoiarem
Agradeço ao público por nos prestigiarem mais uma vez.
Agradeço ao Paulo Anete, meu amigo, meu parceiro, conseguimos de novo.
Agradeço a Deus e a Virgem Mãe.
Até o próximo Auto da Barca Amazônica em 2010.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

O Príncipe e a Bailarina

Cordões de Pássaros
Neste ano de 2009, o ABA estará homenageando Os tradicionais grupos de cordões de passaros ou pássaros juninos de Abaetetuba, cuja trama gira em torno da caçada, morte e ressurreição de uma ave. O objetivo é trazer para essa geração, essa tradição que aos poucos vem se perdendo com o passar dos tempos.
O Pássaro constitui um espetáculo muito singular. É uma estranha mistura de novela, burlesca e teatro de revista. Há um dramalhão absurdo com fidalgos vestidos à moda do século XVI.
O Pássaro inclui cenas jocosas de matutos que nada têm a ver com o enredo e uma dança de belas jovens de 15 a 17 anos, a tremer provocantemente os seios e as ancas. Há ainda os índios, que quase sempre tentam impedir a presença do branco na mata. A riqueza da indumentária é motivo de orgulho para os organizadores dos Pássaros.
A parte principal da estória é a cena em que se tenta matar, a tiros, o Pássaro, que ora é o bicho de estimação da princesa, ora é o príncipe encantado, que a boa fada ressuscita. Uma criança encarna o animal, trazendo-o vivo ou empalhado numa gaiola na cabeça. A cada ano os Pássaros apresentam peça e músicas novas, escritas sob encomenda.

A previsão de estréia 11/12/2009.

domingo, 4 de outubro de 2009

BOITÁTÁ OU COBRA DE FOGO



Em 1560 registrou o Padre José de Anchieta:
"Há também outros (fantasmas), máxime nas praias, que vivem a maior parte do tempo junto do mar e dos rios, e são chamados baetatá, que quer dizer cousa de fogo, o que é o mesmo como se se dissesse o que é todo de fogo. Não se vê outra cousa senão um facho cintilante correndo para ali; acomete rapidamente os índios e mata-os, como os curupiras; o que seja isto, ainda não se sabe com certeza." (in: Cartas, Informações, Framentos Históricos, etc. do Padre José de Anchieta, Rio de Janeiro, 1933[2])
No folclore brasileiro, o Boitatá é uma gigantesca cobra-de-fogo que protege os campos contra aqueles que o incendeiam. Vive nas águas e pode se transformar também numa tora em brasa, queimando aqueles que põem fogo nas matas e florestas.
A causa desse mito pode ser explicada com uma reação química, ossos de animais, como bois, cavalos etc. que são ricos em fósforo branco, que é um material inflamável(diferente do fósforo vermelho que é usado como medicamento), se aglomeram em um lugar, o osso começa a se decompor, e sobra apenas o fósforo. Quando um raio ou faisca, entra em contato com os ossos semi-decompostos causa uma enorme chama.
A palavra, de origem indígena como a lenda, tem o significado de cobra (mboi) de fogo (tata), sendo Mbãetata em sua lingua original. Pensaram entao, em juntar as duas palavras (mboi e tata) para transforma-las neste mito: Boitatá
Referências
  1. FERREIRA, Aurélio Buarque de Hollanda. Dicionário Aurélio
  2. 2,0 2,1 2,2 2,3 2,4 CASCUDO, Câmara, Dicionário do Folclore Brasileiro

COBRA NORATO



Cobra Norato

No paraná do Cachoeiri, entre o Amazonas e o Trombetas, nasceram Honorato e sua irmã Maria, Maria Caninana.

A mãe sentiu-se grávida quando banhava no rio Claro. Os filhos eram gêmeos e vieram ao mundo na forma de duas serpentes escuras.
A tapuia batizou-os com os nomes cristãos de Honorato e Maria. E sacudiu-os nas águas do Paraná porque não podiam viver em terra.
Criaram-se livremente, revirando ao sol os dorsos negros, mergulhando nas marolas e bufando de alegria selvagem. O povo chamava-os: Cobra Norato e Maria Caninana.
Cobra Norato era forte e bom. Nunca fez mal a ninguém. Vez por outra vinha visitar a tapuia velha, no tejupar do Cachoeiri. Nadava para a margem esperando a noite.
Quando apareciam as estrelas e a aracuã deixava de cantar, Honorato saía d’água, arrastando o corpo enorme pela areia que rangia.
Vinha coleando, subindo, até a barranca. Sacudia-se todo, brilhando as escamas na luz das estrelas. E deixava o couro monstruoso da cobra, erguendo-se um rapaz bonito todo de branco. Ia cear e dormir no tejupar materno. O corpo da cobra ficava estirado junto do Paraná. Pela madrugada, antes do último cantar do galo, Honorato descia a barranca, metia-se dentro da cobra que estava imóvel. Sacudia-se. E a cobra, viva e feia, remergulhava nas águas do Paraná.
Volta a ser a Cobra Norato.
Salvou muita gente de morrer afogada. Direitou montarias e venceu peixes grandes e ferozes. Por causa dele a piraíba do rio Trombetas abandonou a região, depois de uma luta de três dias e três noites.
Maria Caninana era violenta e má. Alagava as embarcações, matava os náufragos, atacava os mariscadores que pescavam, feria os peixes pequenos. Nunca procurou a velha tapuia que morava no tejupar do Cachoeiri.
No porto da Cidade de Óbidos, no Pará, vive uma serpente encantadora, dormindo, escondida na terra, com a cabeça debaixo do altar da Senhora Sant’Ana, na igreja que é da mãe de Nossa Senhora.
A cauda está no fundo do rio. Se a serpente acordar, a Igreja cairá. Maria Caninana mordeu a serpente para ver a Igreja cair. A serpente não acordou, mas se mexeu. A terra rachou, desde o mercado até a Matriz de Óbidos.
Cobra Norato matou Maria Caninana porque ela era violenta e má. E ficou sozinho, nadando nos igarapés, nos rios, no silêncio dos paranás.
Quando havia putirão de farinha, dabucuri de frutas nas povoações plantadas à beira-rio, Cobra Norato desencantava, na hora em que os aracuãs deixam de cantar, e subia, todo de branco, para dançar e ver as moças, conversar com os rapazes, agradar os velhos.
Todo mundo ficava contente. Depois, ouviam o rumor da cobra mergulhando. Era madrugada e Cobra Norato ia cumprir seu destino.
Uma vez por ano Cobra Norato convidava um amigo para desencantá-lo. Amigo ou amiga. Podia ir na beira do Paraná, encontrar a cobra dormindo como morta, boca aberta, dentes finos, riscando de prata o escuro da noite: sacudir na boca aberta três pingos de leite de mulher e dar uma cutilada com ferro virgem na cabeça da cobra, estirada no areião.
Cobra fecharia a boca e a ferida daria três gotas de sangue. Honorato ficava só homem, para o resto da vida.
O corpo da cobra seria queimado. Não fazia mal. Bastava que alguém tivesse coragem.
Muita gente, com pena de Honorato, foi, com aço virgem e fresquinho leite de mulher, ver a cobra dormindo no barranco. Era tão grande e tão feia que, dormindo como morta, assombrava.
A velha tapuia do Cachoeiri, ela mesma, foi e teve medo. Cobra Norato continuou nadando e assobiando nas águas grandes, do Amazonas ao Trombetas, indo e vindo, como um desesperado sem remissão.
Num putirão famoso, Cobra Norato nadou pelo rio Tocantins, subindo para Cametá. Deixou o corpo na beira do rio e foi dançar, beber e conversar.
Fez amizade com um soldado e pediu que o desencantasse. O soldado foi, com o vidrinho de leite e um machado que não cortara pau, aço virgem. Viu a cobra estirada, dormindo como morta. Boca aberta. Sacudiu três pingos de leite entre os dentes. Desceu o machado, com vontade, no cocuruto da cabeça. O sangue marejou. A cobra sacudiu-se e parou.
Honorato deu um suspiro de descanso. Veio ajudar a queimar a cobra onde vivera tantos anos. As cinzas voaram. Honorato ficou homem. E morreu, anos e anos depois, na Cidade do Cametá, no Pará.
Não há nesse rio e terras do Pará quem ignore a vida da Cobra Norato. São aventuras e batalhas.
Canoeiros, batendo a jacumã, apontam os cantos, indicando as paragens inesquecidas:
“Ali passava, todo dia, a Cobra Norato...”.

Referências:
Lendas Brasileiras / Câmara Cascudo. - Rio de Janeiro: Ediouro, 2000

As Lendas
















Um dos mitos do Amazonas, que aparece sob diferentes feições. Ora como uma cobra preta, ora como uma cobra grande, de olhos luminosos como dois faróis. Os caboclos anunciam sua presença nos rios, lagos, igarapés e igapós com a mesma insistência que os marinheiros e pescadores da Europa acreditam no monstro de Loch-Ness. A imaginação amazônica, mais floreada e portentosa, criou para o nosso mito propriedades fantásticas: a boiuna pode metamorfosear-se em embarcação de vapor ou vela e ir da forma de ofídio à navio, para mais trair e desorientar as suas vítimas. Esta cobra, possui diferentes formas encantatórias, conformes dados colhidos entre a população ribeirinha. Acreditam até, que alguns igarapés foram formados pela sua passagem que abre grandes sulcos nas restingas, igapós e em terra firme. Na Amazônia, ela toma diversos nomes: Boiúna, Cobra Grande, Cobra Norato, Mãe D Água, entre outros, mas independentemente de seu nome, ela é a Rainha dos rios Amazônicos e suas lendas podem ter surgido em virtude do medo que provoca a serpente d água, que devora o gado que mata a sede na beira dos rios.

Site de Referência:

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Eu quero ver a serpente acordar, pra nunca mais a cidade dormir, pra nunca mais a cidade dormir...


A 2º edição do Auto da Barca Amazônica, trouxe uma estória que é muito comum na região amazônica, as lendas de cobra grande.Segundo Paulo de Tarso em seu livro: Conhecendo Nosso Folclore, nos diz que as lendas de cobra grande, nasceram dos primeiros missionários que ao tomar conhecimento do demônio das profundezas chamado de paranamaia pelos índios, o que significa PARANA=MÃE e MAIA=RIO, trataram logo de esmagar-lhe a cabeça sob os pés da Virgem Maria, simbolizando a serpente como representação do pecado original.
Existem várias estórias que falam sobre estas cobras, uma delas conta que existe uma serpente que está enterrada na cidade de Belém do Pará, cuja a cabeça se encontra sob o altar mor da igreja da Sé e sua calda sob o altar da Basílica de Nazaré, onde novamente vemos a representação da Virgem esmagando a serpente, personificação do demônio.
O que é mais curioso é que numa visão aérea do Círio de Nazaré, podemos ver claramente uma grande serpente humana pagando seus votos e se interligando entre a Sé e a Basílica.
No estado do Pará, essa é a lenda mais comum, pois em toda e qualquer cidade, sempre haverá uma estória de cobra grande.
Para a segunda edição do ABA, reunimos quatro lendas que foram: A lenda da cobra Norato, a lenda da Boiúna, a lenda da Boiatá e a lenda da cobra da ilha da Pacoca ( Abaetetuba).Na próxima postagem conto pra vocês cada lenda.Até breve.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Sobre o Auto

A primeira edição do Auto da Barca Amazônica aconteceu em 26 de outubro de 2007 com alunos de ensino médio do colégio São Francisco Xavier, localizado na cidade de Abaetetuba região doBaixo tocantins, Pará. O tema foi: É noite de Lua Cheia... e trazia como elementos as lendas urbanas ( contos de assombração que a vovó costumava contar), dentre essas lendas podemos citar a moça do poço, a moça do taxi, o viraporco, etc.
O objetivo principal era envolver os alunos em atividades ligadas as artes do espetáculo: teatro, dança, circo, cenografia e também trazer a tona velhos costumes, o de contar estórias, valorização da cultura local e dos saberes da comunidade.
A idéia no começo parecia coisa de gente doida, pois queríamos (Paulo e eu) fazer um espetáculo de rua com esses alunos que mexesse com toda a cidade.Não tinhamos um tostão furado no bolso, mas tinhamos a idéia e a vontade de realizar, foi então que vendemos essa idéia para os alunos, e eles compraram e realizaram o Auto com coletas daqui e dali, fizeram rifas, emprestaram do pai (e não pagaram rssrrrsr) e graças a isso conseguimos um resultado que nem nós esperávamos, um cortejo com mais de 150 pessoas entre adereços e figurinos construídos por eles que parou a cidade.
Ufa!!!!!! Foi cansativo, mas valeu muito a pena.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Auto da Barca 2007 É noite de lua Cheia...














O Auto da Barca Amazônica é uma iniciativa em ensino de artes para alunos de escolas públicas.O espetáculo foi criado em 2007 pelos professores Jaqueline Souza, Atriz, artista plástica e Paulo Anete, artista plástico e carnavalesco, tem por objetivos trabalhar as linguagens cênica, plástica e música que se concentram na produção de um grande cortejo que sai pelas ruas da cidade de Abaetetuba no estado do Pará no mês de novembro.
Toda produção começou em laboratório de criação por alunos do ensino médio do Colégio São Francisco Xavier,mas a tendência é abranger o máximo possível de escolas públicas existentes na cidade .

   A comunidade tem uma participação importantíssima nesse processo,pois temos o apoio dos pais, e também é gerado renda para as pessoas dessa comunidade.Postaremos com mais detalhes cada passo para a construção dos espetáculos, aguardem.